terça-feira, 7 de maio de 2013


CANTO A ULISSES


Numa terra de lendas e mitos antigos, sereias que cantam, cantam pra mim.
O mar é bravio e o rum por um fio, estórias de monstros me fazem dormir.

Os deuses brindaram e os ventos sobraram, aedos e bardos cantam pro mar.
Voltando de Tróia, nadando na glória, Ulisses de Ítaca, tenta voltar.



Refrão:

Ouço a lira de tempos distantes, canto aos errantes que o mito é meu lar.

Trago comigo histórias de glória, canto a vitória de Ulisses no mar. 


Perdeu-se do norte, com 12 navios, tormentas e frio não vão esquecer.
Quimeras e sonhos, visitantes medonhos, comedores de lótus vão conhecer.

O esperto Ulisses encontra o ciclope, diga o seu nome: “meu nome é ninguém”.
Com uma estaca no olho, clamando socorro, o monstro que urra: “ninguém me cegou.”




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Um deus se declara inimigo de Ulisses, das profundezas, vai levantar.
A ira dos mares, a fúria dos ares, Poseidon quer se vingar.  

O saco dos ventos, relíquia dos tempos, enfim levará o herói ao seu lar.
Tolos marujos, cansados e sujos, libertam os ventos, ninguém vai voltar.

Refrão:

Ouço a lira de tempos distantes, canto aos errantes que o mito é meu lar.

Trago comigo histórias de glória, canto a vitória de Ulisses no mar. 



Um porto tranquilo convida os navios, bestas gigantes espreitam por lá.   
Os canibais, demônios mortais, acabam com a frota de Ulisses no mar.  

Com um só navio, em domínio sombrio, conhecem a deusa da sedução.
Deu-lhes um banquete com orgia e deleite; porcos viraram com a maldição.


XXXXXXXX

Hermes alertou o herói sobre a deusa, deu-lhe uma erva e a maldição dispersou.
A deusa declina ao poder de Ulisses, liberta os marujos de volta ao dispor.

O herói deve ir com paixão e vigor, aos domínios de Hades, o profeta encontrar.
Com dois sacrifícios encontra Tirésias, desvenda segredos que vão lhe salvar.


Refrão:
 Ouço a lira de tempos distantes, canto aos errantes que o mito é meu lar.
Trago comigo histórias de glória, canto a vitória de Ulisses no mar.




O navio costeia águas que cantam; o valente guerreiro precisa ouvir.
Amarrado ao mastro contempla as sereias e ouvi o canto em frenesi.



O navio avança para mais um dilema, a jornada no mar deve acabar.
Passam por Cila o Monstro marinho e um redemoinho que vai arruinar.



XXXXXXXX


Alguns sobrevivem na sombra do herói, chegam à ilha sagrada do sol.
Marujos incautos, reles insensatos, abatem o gado sagrado sem dó.

Pelo sacrilégio o naufrágio é o remédio, os marujos se afogam sem exceção.
O herói quase morto, vagando sem porto, na ilha de Calipso há redenção.



Refrão:

Ouço a lira de tempos distantes, canto aos errantes que o mito é meu lar.

Trago comigo histórias de glória, canto a vitória de Ulisses no mar.




Sete anos de Glória, como um deus na vitória, amante da bela ninfa do mar.
O herói da astúcia e das provações não quer ser um imortal perdido no ar.

Distante da amada, do filho e da pátria, ele clama por Ítaca sob o luar.
Zeus intervém e liberta o herói que acha o norte de volta ao seu lar.   


Comamos e bebamos... Hey!

Comamos e bebamos... hey!

Comamos e bebamos... hey!

Comamos e bebamos, no calor do vinho.



Amamos e gozamos... Hey!
Amamos e gozamos... Hey!
Amamos e gozamos... Hey!
Amamos e gozamos, no rubor do vinho.



  Thiago Rodrigues 

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